no sábado (1º dia de férias) com tudo pronto saímos de casa à hora combinada rumo ao nosso destino. A 1ª paragem numa estação de serviço foi rápida e sem história. Por volta da hora do almoço, já em Alcácer do Sal, fizemos uma paragem mais demorada para trincar qualquer coisa e dar o almoço à Princesa. Tudo normal até ao momento em que eu disse que lhe ia mudar a fralda!
Nesse momento apercebi-me que não sabia da malinha onde era suposto ter as fraldas, as toalhitas, a pomada e a chupeta alternativa... escusado será de dizer que reviramos o carro de ponta a ponta, desde o porta-luvas, passando pelo chão dos bancos de trás, até à mala que ia atulhada até ao pescoço! Nada!!! E pior, muito pior... nesse momento também me apercebi que a outra malinha que tinha todos os produtos de higiene dela (shampôo, gel, pomada, colónia, cotonetes, tesoura, escova, aspirador nasal, etc, etc) e uns 5 pares de sapatos que levava para as férias (como é que eu consegui meter tudo lá dentro…), também não estava no carro! Começamos a rebobinar e chegámos a conclusão que provavelmente teriam ficado no chão da garagem. Não podem imaginar como me senti... (para quem me conhece bem sabe que eu ODEIO perder nem que seja uma caneta Bic, por isso podem imaginar o que foi aquele dia). Começava a lembrar-me de cada coisa que estava naquelas malinhas (tipo a saquinha da Hello Kitty que o meu marido me deu hà muitos anos quando cheguei de uma viagem aos Açores e que tinha os ganchinhos todos dela...) e dava-me um nó que sabe Deus como o consegui “abafar” pois, apesar de se poder comprar tudo outra vez, há coisas que nos ligam afectivamente e que são insubstituíveis...
Bom, mas, para ajudar ainda mais à festa, o resto das fraldas dela, o pacotão grande, não ia no nosso carro mas sim no do meu cunhado que foi indo à frente pois ainda tinha que ir a Lagos antes de vir ter conosco. Resultado, parei em todas as bombas tipo maluquinha à procura de um pacote de fraldas para comprar ou de uma máquina que vende aqueles kits de fralda+toalhita, mas nada... nem umazinha para a história. Foi um stress. Mais tarde, falamos a um vizinho para ver se podia ir à garagem verificar, mas nada... ai o que eu insultei mentalmente a Besta que tinha ficado com as coisinhas da minha menina e, só pensava nos cartazes que ia afixar pelo condomínio todo com “refrescos de memória” à pessoa que se tinha esquecido de devolver o que era meu!
O que é certo é que, os primeiros dias de férias foram constantemente assaltados por estes pensamentos apesar de toda a gente, sobretudo o meu marido que é super calmo e optimista, me dizer para relaxar e aproveitar porque tudo se iria resolver. Obrigaram-me a rever aquele dia, minuto a minuto e então comecei a convencer-me que se calhar podia haver uma hipótese de as malinhas terem ficado dentro de casa...
De qualquer modo, chegámos a comprar uma tesourinha nova, uma escova, os produtos de higiene, uns ganchinhos e um par de sapatos para remediar mas não era a mesma coisa percebem?
Bom, resumindo, e porque o post já vai longo, o dia de regresso foi um novo stress. A ansiedade era tanta que nem quis parar para jantar; demos-lhe o jantar dentro do carro e siga para casa. O meu marido ficou a tirar as malas do carro e eu e a Princesa fomos a correr para cima... abri a porta de casa...olhei para a direita...nada...abri a porta mais um bocadinho...olhei em frente e...VOILÁ! Em cima da cadeira de baloiço lá estavam elas a olhar pra mim. Como???
Como foi possível ter deixado aquilo ali é que eu gostava de saber?
Resultado: agora, tem tudo ou muita coisa a dobrar!!!