Mãezana e sua princesa

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Um dia, li isto, e adorei...

Obrigada.

Quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:


Eu os amei o suficiente para ter insistido para que juntassem o vosso dinheiro e comprassem uma bicicleta, mesmo que eu tivesse possibilidades de a comprar.

Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as pastilhas que tiraram do supermercado e dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queremos pagar”.

Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas acções, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo:

Eu os amei o suficiente para dizer-lhes “não”, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso, e alguns momentos até me odiaram.

Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estamos contentes, vencemos! Porque no final vocês venceram também!

E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães; quando eles lhes perguntarem se seus pais eram maus, meus filhos vão lhes dizer: Sim, nossos pais eram maus. Eram os pais mais malvados do mundo.

As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer pão, frutas e vitaminas.

As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne e legumes.

E eles nos obrigavam a jantar à mesa, bem diferente dos outros pais que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.

Eles insistiam em saber onde estávamos à toda hora. Era quase uma prisão.

A Mãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.

A mãe insistia para que lhe disséssemos com quem iríamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas eles “violavam as leis do trabalho infantil”.

Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruel.

Eu acho que eles nem dormiam à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

Eles insistiam sempre connosco para que disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.

E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos.

A nossa vida era mesmo chata.

Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde.

Por causa de nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência: Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em actos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

Foi tudo por causa deles...

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo de tudo para sermos “PAIS MAUS”, como os nossos foram.

7 Comentários:

Às 12:36 da tarde , Blogger Mamã Coquinhas disse...

Adorei minha querida!!
Também quero que nos sejamos uns "pais maus".
Beijos e bom fds

 
Às 2:37 da tarde , Blogger Cris disse...

Gostei de ler...
Bom fim de semana.
Beijinhos.

 
Às 2:43 da tarde , Blogger Não desistir disse...

Tambem adorei...ja conhecia!
Beijinhos
Bom fim de semana

 
Às 3:16 da tarde , Blogger Docinho disse...

Eu sou mesmooooooooooo má : )
Ai, sou, sou!!!

beijos preocupados

 
Às 10:16 da tarde , Blogger Susana disse...

Ehehehe mas é verdade, e tambem espero ser uma mãe muuuito "má"

Beijokas

 
Às 12:46 da manhã , Blogger Grilinha disse...

Adorei este texto amiga...simplesmente genial.
Tb quero ser uma "má mãe".
Beijos

 
Às 11:12 da manhã , Blogger cristina disse...

Eu sou terrívelmente má...

Beijo grande

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial